Victor

 

Victor Ciornegal

    Eu sou o Victor Ciornegal. Tenho 16 anos e nasci no dia 28 de Outubro de 1993 na aldeia de Copaneci, que pertence à Moldávia. Estudei aí até ao 9º ano mas, como a Moldávia agora está numa situação complicada e é difícil arranjar emprego, os meus pais, porque querem dar um bom futuro a mim e ao meu irmão, decidiram que nos juntávamos todos em Portugal. Isto aconteceu no dia 8 de Agosto de 2009. Eu vim com a minha mãe e o meu pai e irmão já estavam aqui.

    Foi muito difícil no início. Eu nunca tinha ouvido falar português e o meu pai, para eu aprender, comprou-me um dicionário. Comecei a lê-lo. Depois, quando vim para a Escola Secundária de Lousada, as pessoas falavam comigo em português e eu não percebia nada. Era mesmo muito difícil… E não tinha amigos, porque não conhecia ninguém; só conhecia o Dan, que também é da Moldávia. Todos os meus amigos e a minha família ficaram lá…

    No início do ano muitos professores me deram apoio na Biblioteca para aprender português, e eu agradeço-lhes muito. Depois veio a professora Eugénia e com a ajuda dela agora entendo e falo muito melhor. Mas sei que tenho muito para aprender! Agora também já tenho muitos amigos, porque consigo comunicar!

    Ainda não sei bem qual o Curso que quero tirar, mas vai ser alguma coisa relacionada com Biologia/Geologia ou Geografia. São áreas que eu adoro!

Respostas

  1. Parabéns Victor!
    És um sucesso. Parabéns também à tua professora e à tua escola.
    Um dia podes ser tu a criar para outros essa ponte que criaram para ti, entre a solidão e a vida na comunidade.

    Muitas felicidades!
    Filomena Louro

  2. Olá Victor,
    fico extremamente satisfeita por ver o teu sorriso nesta fotografia.
    No primeiro dia em que te conheci, na biblioteca da escola, parecias-me um jovem algo triste e solitário. Sei que devem ter sido dias muito difíceis. Não houve um dia em que não pensasse em te dar uma ajuda, dizendo-te que era preciso muita força, muita mesmo… Hoje fico satisfeita por saber que tanto eu, como a professora Eugénia, estamos na escola e nunca nos passas despercebido (nem tu nem os outros que de nós precisam).
    Sabes, é com um sorriso no rosto e muita força de vontade que a gente ultrapassa as grandes dificuldades e encontra pequenos momentos de felicidade. Oxalá nunca te esqueças disso.
    Professora Graça Coelho

  3. Levanta a cabeça e encara de frente o brilho dos teus olhos.
    Ainda que apagados pela dor ou pela decepção,
    ainda que escurecidos pelas lágrimas que insistem em cair,
    há uma chama interior, um lâmpejo de vida que insiste,
    um chamado para a conquista do que é teu por direito,
    e que nesse instante, pode estar escondido, emaranhado,
    sob o peso das responsabilidades,
    sob a angústia de não saber o que fazer,
    sob o medo de perder, a incerteza do que vai acontecer,
    tudo vai colaborando para a tua tristeza…

    Mas, não te iludas:
    Tu não nasceste para perder!
    Não nasceste para a dor e o sofrimento,
    não estás aqui para contemplar os outros,
    nem para assistir a vitória de ninguém,
    Estás aqui aqui para crescer, evoluir e ser feliz!

    Acredita, há em ti possibilidades tão infinitas
    que até mesmo os teus pais se espantariam em ver
    o desfile de coisas que tu podes fazer,
    coisas que nem tu sabes que podes,
    é só não desistires de ti.

    É acreditar que tu podes dar mais um passo,
    ainda que a perna esteja adormecida pelo cansaço,
    prosseguir mais alguns metros,
    ainda que o cansaço esteja à beira da exaustão.

    Diante das notícias ruins e até da humilhação,
    levanta a cabeça, olha para o céu,
    faz um pacto com a vida, estabelece uma nova meta;
    a partir de hoje, deste dia abençoado que Deus te deu,
    que é só teu, tu vais lutar, não vais mais chorar,
    vais mostrar ao mundo o que pode ser feito
    por alguém que decidiu ser feliz,
    esse alguém especial, que és tu!

  4. Força, luta por aquilo que queres ser e muita boa sorte!


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